
Setembro amarelo: como a educação impacta na saúde mental
A saúde mental no Brasil, especialmente entre crianças e jovens em idade escolar, é uma questão que tem recebido cada vez mais atenção nos últimos anos, principalmente após a pandemia do Covid-19.
E profissionais salientam a importância de se discutir sobre o assunto durante o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.
Como a educação infantil influencia na saúde mental
De acordo com a pesquisa do Datafolha, oito em cada dez brasileiros de 15 a 29 anos apresentaram algum problema de saúde mental. A maioria desses jovens sofreu com pensamentos negativos (66%), dificuldade de concentração (58%) e crise de ansiedade (53%).
Para completar, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PenSE) de 2019, que avalia a saúde mental dos estudantes brasileiros do 9º ano do Ensino Fundamental, revelou que 30,4% dos adolescentes entrevistados relataram se sentir tristes ou desanimados quase todos os dias durante duas semanas consecutivas ou mais. Além disso, 10,7% dos estudantes mencionaram já terem pensado seriamente em suicídio nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa.
Fatores como pressão escolar, problemas familiares, uso excessivo de tecnologias e bullying podem contribuir para o aumento das taxas de problemas de saúde mental entre crianças e jovens no Brasil. Ademais, a pandemia de COVID-19 trouxe desafios adicionais para a saúde mental dessa população, com o isolamento social, a incerteza do futuro e a adaptação ao ensino remoto, impactando negativamente seu bem-estar emocional.
“A atuação da família em parceria com as escolas é fundamental para a superação dos desafios impostos pela pandemia”, salienta a mestre e especialista em Educação, Claudia Vieira Levinsohn.
Ela acrescenta que o assunto deve ser tratado abertamente, de forma natural e com dedicação integral em casa, nas escolas e nas universidades do país. “É fundamental jogar luz às questões que envolvem a saúde mental de crianças e adolescentes — especialmente por serem fases em que ocorrem mudanças profundas de transições físicas, psicológicas, bem como sociais, ainda mais depois do período atípico pelo qual todos passaram no auge da pandemia”, observa Claudia Levinsohn.
De fato, a escola desempenha um papel fundamental não apenas na transmissão de conhecimentos acadêmicos, mas também no cultivo de habilidades socioemocionais e no fornecimento de um ambiente de apoio e compreensão.
Abordar temas relacionados à saúde mental e setembro amarelo na sala de aula, pode ter diversos impactos positivos, tanto a curto quanto a longo prazo, para o bem-estar, principalmente, para a educação infantil.
Entre esses benefícios, destaque para:
- Promoção da consciência emocional: as crianças passam a ter oportunidade de aprender sobre suas próprias emoções e as emoções dos outros;
- Redução do estigma: a discussão aberta e positiva sobre a saúde mental na sala de aula pode ajudar a reduzir o estigma associado a problemas psicológicos. Isso cria um ambiente mais acolhedor e encorajador, no qual as crianças se sentem à vontade para falar sobre suas dificuldades emocionais, buscando apoio e ajuda quando necessário;
- Melhoria do desempenho escolar: alunos da educação infantil que têm suas necessidades socioemocionais atendidas tendem a se concentrar melhor nas atividades escolares;
- Melhora das relações interpessoais: a discussão sobre saúde mental e setembro amarelo na sala de aula promove a empatia e o respeito mútuo entre os alunos;
- Prevenção a problemas de saúde mental: o desenvolvimento de habilidades emocionais desde cedo ajuda as crianças a enfrentarem melhor as adversidades da vida, tornando-as menos vulneráveis a distúrbios mentais.
E não é só isso. Segundo Claudia Vieira Levinsohn, para tornar o presente mais tranquilo e saudável, é preciso apostar em cinco pontos cruciais: “a diminuição da cobrança por uma recuperação veloz dos alunos, o incentivo ao diálogo, a manutenção de uma rotina saudável em casa, permitir ter momentos de descontração e lazer, além de elaborar estratégias que motivem os estudantes a não desistirem da aprendizagem e do próprio futuro”, defende Claudia, lembrando que independentemente da faixa etária, o período de afastamento das atividades obrigatórias do dia a dia é tão importante quanto a atuação no trabalho, na faculdade e na escola. “É o momento de aliviar a fadiga física, o estresse e o cansaço emocional”, completa Claudia Levinsohn.
Impactos da ansiedade na saúde mental de estudantes
Entre os problemas de saúde mental mais comuns observados em crianças e jovens no Brasil, a ansiedade se destaca.
Para os estudantes, uma das principais fontes de ansiedade é a crescente pressão pelo bom desempenho. A competição intensa, a sobrecarga de tarefas, a preocupação constante em obter boas notas, as altas expectativas dos pais e professores, podem levar os alunos da educação infantil e ensino médio a elevados níveis de estresse e ansiedade.
O reflexo disso pode ser visto no ambiente escolar: queda nos resultados, comprometimento da relação com os colegas e professores e dificuldade na absorção de conhecimentos.
“A educação no Brasil tem alguns grandes desafios nos próximos anos. Um exemplo é que ainda não recuperamos o conteúdo perdido devido aos impactos da pandemia. Além disso, é fundamental olhar cada aluno individualmente, de forma a torná-los confiantes sobre suas competências e cientes de suas fraquezas, para maximizar seu sucesso em sua futura vida profissional”, enfatiza a mestre e especialista em Educação, Claudia Vieira Levinsohn.
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