Tecnologia A Evolução Tecnológica Nas Sessões Plenárias Com Apoio Do Interlegis

A Evolução Tecnológica Nas Sessões Plenárias Com Apoio Do Interlegis

A Câmara Municipal de Monte Mor, no ano de 2018, iniciou a utilização do software de apoio ao processo legislativo em uma versão antiga e obsoleta do SAPL, que estava instalada localmente e em fase experimental.

Quando um novo membro assumiu o cargo de técnico em informática e começou seus trabalhos na Casa, o coordenador do Legislativo sugeriu a necessidade de avançar na implantação efetiva e completa do SAPL. Diante disso, em um esforço conjunto, foi renovado o acordo de cooperação técnica com o Interlegis, permitindo a adoção da nova versão do SAPL em nuvem.

Ambos participaram de uma oficina de treinamento na cidade de Franca/SP e, com o conhecimento adquirido, iniciaram a implantação gradual de todas as funcionalidades do sistema SAPL no processo legislativo.

Em 2019, com a chegada da pandemia, o Interlegis forneceu suporte essencial e excepcional, disponibilizando conhecimento e orientação para que a equipe de Informática e o Legislativo mantivessem os trabalhos da Casa em modo remoto (“home office”). Esse período forçou todos os envolvidos a ingressarem no mundo da videoconferência, até então desconhecido, e a operarem o SAPL remotamente, possibilitando a votação pelo sistema e juntamente com a transmissão ao vivo das sessões.

Com o retorno à normalidade, a continuidade da implantação do SAPL estendeu-se ao plenário, com a introdução do Painel Eletrônico e do sistema de votação sendo executado em notebooks. No entanto, com o tempo, o uso dos notebooks revelou-se problemático, apresentando diversas intercorrências indesejadas durante as sessões, o que demandou a busca por uma nova solução.

Inicialmente, foi considerada a utilização de tablets, mas a experiência prévia com a mobilidade dos notebooks já havia evidenciado problemas como ausência de dispositivos, fragilidades, falta de carga e atualizações forçadas durante o uso. Durante pesquisas, identificou-se um aparelho que se adequava fisicamente ao cenário legislativo, embora não tivesse sido projetado para essa finalidade: os terminais de ponto de venda (PDVs). No entanto, a experiência anterior com notebooks apontava que telas verticais poderiam interferir na captação de imagem dos parlamentares.

Em uma visita a um shopping, foi observado um terminal de vendas diferente, de dimensões reduzidas, baixa altura, duas telas e design elegante, levando à descoberta dos “Desktablets”. Presentes em grande número em lojas do comércio em geral, com diversos modelos e fabricantes, esses dispositivos pareceram a solução ideal, motivando uma avaliação presencial.

Apesar de inicialmente não terem sido projetados para essa aplicação, foi constatado que, mediante personalização, os dispositivos poderiam atender às necessidades da Casa. Entretanto, havia um desafio: as duas telas exibiam imagens idênticas, o que significava que o voto do vereador poderia ser visualizado na tela secundária. Esse problema foi apresentado ao fabricante, que se dispôs a estudar a viabilidade de uma personalização conforme as necessidades legislativas.

Durante as negociações, a direção do fabricante solicitou informações sobre o volume de casas legislativas no país, uma vez que não havia uma percepção clara sobre a quantidade de Câmaras Municipais. Foi explicado que, utilizando o SAPL, existiam aproximadamente 4.500 casas legislativas, cada uma com pelo menos nove vereadores. A grandiosidade desses números foi um fator determinante para que a empresa investisse na personalização do equipamento.

Em uma segunda etapa de desenvolvimento, com base na experiência adquirida com os notebooks, foi solicitado que a operação dos dispositivos fosse exclusiva e restrita, evitando distrações ou desvios de finalidade por parte dos parlamentares. As especificações técnicas para os aparelhos personalizados foram definidas da seguinte forma:

1. Ao ser ligado, a inicialização deveria encerrar com a tela principal no terminal SAPL.

2. A tela secundária deveria exibir permanentemente a foto do parlamentar.

3. A interface deveria estar em tela cheia, sem barra de navegação, permitindo apenas o acesso ao SAPL e ao link de login ou ativação da tela de votação.

4. A tela de votação deveria ocupar 100% do visor, sem possibilidade de abertura de outras abas, páginas ou instâncias.

5. O modo “Quiosque” deveria garantir que a aplicação nunca fosse interrompida, suspensa ou paralisada.

6. O dispositivo deveria permitir facilmente a reconfiguração para troca do usuário parlamentar e respectiva foto.

7. O funcionamento deveria ser independente de terceiros, com exceção do SAPL.

8. A conectividade deveria ser garantida via cabo de rede e/ou Wi-Fi como redundância.

Com a implementação dessa solução, foi possível obter um produto de baixo custo, alto desempenho, robusto, elegante, moderno e personalizado. O resultado foi a realização de votações mais ágeis, alta disponibilidade, 100% de compatibilidade com o SAPL, ocupando pouco espaço na bancada e sem interferir na gravação das imagens.

Com a conclusão da parte operacional, a Câmara Municipal de Monte Mor tornou-se pioneira na adoção desses dispositivos.


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